Os Pica-Paus são ricos em comportamentos curiosos. Tê-los como visitante do nosso jardim é um privilégio, mas não tão difícil como muitos pensam.
Foram as insistentes bicadas de um topetudo Pica-Pau, instalado no teto da casa de Walter Lantz, que o inspiraram a criar o famoso personagem Pica-Pau na década de 40c, na Califórnia.
Dono de um bico que é um martelo vivo, ou melhor, uma possante britadeira, marca sua presença na natureza através de constantes toc-tocs. Suas marteladas buscam pequenos insetos nas cascas dos troncos e podem localizar larvas adormecidas no interior de árvores, destruindo os insetos roedores de madeira.
Os Pica-Paus começam tarde suas atividades e recolhem-se cedo para dormir. Passam grande parte do tempo batendo, tentando localizar uma cavidade com alimento. Preferem árvores secas, doentes e parasitadas pelos fundos. Por causa da trepidação que provocam, a natureza dotou-os de uma proteção ao redor do cérebro, minimizando seus efeitos.
Seu bico comprido e pontiagudo presta-se ao papel de pinça. Para explorar cavidades, usa a língua flexível, de ponta afilada e longa (às vezes cinco vezes maior do que o bico) podendo agir a cinco centímetros do bico. Sua flexibilidade e capacidade preensora são possibilitadas por uma secreção que age como cola pegajosa.
Entretanto, não só de insetos vivem os Pica-Paus. Muitas espécies neotropicais gostam de frutas, como mamão, maçã e laranja. As frutas de imbaúba e as bagas do caruru também são apreciadas por algumas espécies do Norte. Nos EUA foram seriamente perseguidos por cultivadores de macieiras, até descobrirem que escolhiam apenas frutos bichados para se deliciarem.
Fonte: http://familiapet.uol.com.br/aves/aves/picapau.htm
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